Voltemos às cousas agradáveis...
Imaginando galas, assim falou Alberto de Oliveira, em \"Núpcias de Primavera\":
\"...Do alto cai o luar fofo e macio,
sobre essas núpcias como um cortinado,
todo lírios na barra, e em cima estrelas\".
Este panorama, imaginado pelo príncipe de nossos poetas, poderá ser realizado pela arquitetura paisagista, e estou certo que, em futuro não remoto, haverá no Brasil mais de um sítio, expressamente estilizado, para merecer inscrição lapidar, desses versos, como as que se veem hoje numerosas em Paquetá.
Outro quadro, pintando \"O Ruço\", de Petrópolis, da Sra. Maria Eugenia Celso:
\"Ruço... neblina da montanha... Incenso
De invisível turíbulo, suspenso
Nas quebradas da serra, a fumegar...\"
Catullo Cearense, entre suas muitas produções, conta uma poesia, em que imagina um lenhador que, cheio de remorsos pelas muitas árvores que derribara, fez-se jardineiro; já tive ocasião de citá-la, em uma de minhas primeiras palestras na Rádio-Sociedade, tratando então eu de \"árvores desgrenhadas\"; deve ser lembrada sempre que possível, por ser das mais impressionantes, do repertório literário cuja seleção aqui esboço; não a repito aqui, porém, para citar outras.