A Queimada
Castro Alves
\"Meu nobre perdigueiro! vem comigo.
Vamos a sós, meu corajoso amigo,
pelos ermos vagar!
Vamos lá dos gerais, que o vento açouta,
Dos verdes capinais n\'agreste monta
A perdiz levantar!...
Mas, não!... Pousa a cabeça em meus joelhos...
Aqui, meu cão... Já de listrões vermelhos
O céu se iluminou.
Eis súbito, da barra do ocidente,
Doudo, rubro, veloz, incandescente,
O incêndio que acordou\"!
(Vide Clovis Monteiro: Nova antologia brasileira, 1933).
Cito em seguida excertos d\'\"O Ermo\", de Bernardo Guimarães que suscita a demogenia racional dos sertões; e d\'\"A árvore\", de Alberto de Oliveira, onde nitidamente definido o crime de cada derrubada de árvore secular.
O Ermo
Bernardo Guimarães (1827-1884)
\"Como é formoso o céu da pátria minha!
Que sol brilhante e vívido resplende
Suspenso n\'essa cúpula serena!
Terra feliz, tu és da natureza
A filha mais mimosa\";
[link=21823]Imagem: hortênsias, em Petrópolis[link]