à outra parte da sua missão, o estudo dos limites de Mato Grosso.
Não satisfeitos com os resultados obtidos e assinalados pela expedição de 1781, ordena Martinho de Melo e Castro que se proceda a uma exploração mais completa, encarregando de semelhante tarefa, em carta de 27 de junho de 1786, a Manuel da Gama Lobo, que se deveria fazer acompanhar de um ou dois matemáticos, outros tantos engenheiros, além dos guias e trabalhadores que fossem necessários.
Determinava então Martinho de Melo e Castro: "No Rio Branco devem ser feitas as observações astronômicas e geométricas julgadas necessárias, assim como as pesquisas locais, não somente relativas a este rio, mas também quanto aos rios que com ele comunicam ou nele se lançam, para que se possa fazer uma carta geral do dito rio e um relatório minucioso de tudo o que aí se possa ver e observar, de todos os informes obtidos, assim como das vantagens que pode oferecer. O relatório indicará também os lugares por onde espanhóis, holandeses e franceses podem penetrar nesse rio e principalmente as cadeias e cumes que dividem as águas que correm para o Orenoco ou para outros rios que aí se lançam, das que correm para o rio Negro e Amazonas. É certo que estas montanhas e estas cadeias que continuam a linha de divisão das águas são os melhores marcos para a delimitação, segundo as cláusulas do artigo nono do tratado de 1756 e duodécimo do de 1777".
A dois de janeiro de 1787 Manuel da Gama Lobo está pronto para partir ; seguem em sua companhia o Sargento-mor de engenheiros Eusebio Antonio de Ribeiros, o doutor geômetra José Simões de Carvalho, o cirurgião ajudante Manuel Ferreira Pacheco, sete soldados e quarenta índios mansos. A 25 desse mesmo mês