No Diário redigido por Almeida Serra e Silva Pontes transcrevem eles a 26 de dezembro de 1780 as ordens recebidas do Governador do Grão Pará. A primeiro de janeiro de 1781 partiram da vila de Barcelos chegando ao forte de São Joaquim a 31 do mesmo mês, demorando-se aí quase uma semana pelo obstáculo da grande cachoeira que era preciso varar. A seis de fevereiro sobem o rio Mahú, alcançando, depois de três dias de travessia, a foz do Tacutú, pelo qual penetram até ao ponto onde desemboca o Pirara e contam doze léguas, em linha reta, entre a boca do Pirara e a foz do Repunuri, "que deságua para o oceano sobre a costa de Suriname e que, depois de receber o rio Cipó (ou Cibhu), toma o nome de Essequibo. O intervalo entre o rio Repunuri e o Pirara é, segundo observam, formado por campos alagadiços que, no tempo das chuvas, se transformam em um lago contínuo, o lago Amacú, do qual nasce para Leste o Repunuri e para oeste o Pirara. A 10 de março continuam viagem pelo rio Branco acima, vencidas as cachoeiras do Urariquera e, encontram a foz do rio Uraricapará a 3º 24" de latitude Norte. E escrevem os dois astrônomos: "Por este rio, que os espanhóis chamam Parima, nos achamos no estabelecimento de Santa Rosa". Continuam pelo Urariquera acima, indo depois pelo Majari até ao ponto onde tinham sido massacrados os frades capuchinhos e nessa porção de nosso país, posta já no hemisfério Norte, assistem ao eclipse do sol de 23 de abril de 1871 (21). Nota do AutorRegressam desse ponto, dando por teminada de modo cabal a sua missão nesse setor, e, chegados a Barcelos, partem de novo, como já vimos, a dar complemento