História das explorações científicas no Brasil

solução desumana aconselhada por Hermann Von Hering, sem o prurido exibicionista de meia dúzia de moços afoitos e ignorantes. Escrevia em 1788 Gama Lobo: "Para trazer estes tapuios da mata onde, a seu modo, vivem mais comodamente que conosco, é necessário fazer-lhes compreender as vantagens da nossa amizade, alimentá-los, senti-los, não os fatigar, pedindo-lhes mais serviço do que podem fornecer; pagar-lhes rapidamente e sem usura o que se lhes promete e o que se lhes deve, o que ganham com o suor do rosto e às vezes com perigo de vida".

Conhecidos e publicados estes dados com que os brasileiros faziam conhecida a sua terra e que apareciam nas cartas que continuavam a afirmar a excelência dos conhecimentos geográficos dos portugueses, podia com razão escrever Humboldt em fins do século XVIII, na sua célebre viagem com Bompland "Poucos rios, na Europa, foram submetidos a operações mais minuciosas que os cursos do Rio Branco, do Urariqüera, do Tacutú e do Mahú".

Em 1812, vindo pela Guiana Inglesa, chega Carlos Waterton até ao forte de São Joaquim, percorrendo quase a mesma região que, dois anos antes, fora explorada, por conta da Holanda, pelo Tenente-Coronel Van Sirtena, Capitão Simon e médico J. Hancock.

Em 1798 o porta-bandeira Francisco José Rodrigues Barata, partindo de Belém a 30 de março, alcançou no dia 2 de agosto a fazenda de El-Rei no Rio Branco e no dia seguinte o forte que nessas paragens mandara construir o governo português. No dia 4 começou a subir o Tacutú, passou ao Rupununí pelo Saraurú, visitou os Mucuxis do Pirará e desceu pelo Essequibo.

Em 1838 Ricaro Schomburgk, com o passaporte pedido à legação do Brasil em Londres, penetrou pela

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