se carregavam, ou fáceis vias de acesso que facilitavam desbravamento do sertão. Mais tarde, quando o homem branco deixou de viver "como caranguejo, raspando o litoral" e que, semeadas as povoações por todo esse vasto interior, apresentou-se o problema das comunicações entre as mesmas, a solução mais favorável pareceu, desde início, estar na navegação fluvial.
Tanto nos limites com os países estrangeiros, como nos interestaduais ofereciam os rios linhas mais seguras e mais precisas que os espigões das serras e cordilheiras e, por isso mesmo, mereciam maior carinho no seu estudo.
Por todos estes motivos é que os nossos rios foram cientificamente explorados desde o começo, mandando as coroas de Portugal e Castela fazer o seu estudo por pilotos e cosmógrafos. Ainda no século passado a Real Sociedade Geográfica de Londres enviou uma comissão para estudar o Purus. O Governo Imperial, além dos rios lindeiros, nomeia comissões de estudo para o São Francisco, o Tocantins e Araguaia, e tais estudos continuam com a República, quer por iniciativa dos governos estaduais, quer do governo central, umas devidas a interesses econômicos, outras de finalidades puramente científicas.
É justo que comecemos pelo Amazonas, não só pela importância da sua bacia, com seus seis e meio milhões de quilômetros quadrados, como por ter sido o primeiro conhecido e navegado, provocando desde as explorações iniciais, em todos os que o viram ou percorreram, arroubos e exageros de linguagem, a partir de Acuña a dizer que, o "podemos, sem usar hipérboles, qualificar como o maior e mais célebre do Orbe". Comparando-o ao Ganges, Eufrates e Nilo, continua o jesuíta: "O rio das Amazonas rege mais extensos Reinos, fecunda mais