veigas, sustenta mais homens e aumenta com as suas águas mais caudalosos oceanos". Repetindo os conceitos de Acuña, escreve James Orton, dois séculos mais tarde: "O Amazonas, para exceder, em bernaventurança, o Ganges, o Eufrates e o Nilo, só lhe falta que a sua nascente se achasse no paraíso".
En fins de 1540 resolveu Pizarro mandar o Capitão Francisco de Orellana descer o Coca, num bergantim que acabavam de fabricar, com os doentes e dois religiosos franciscanos. Segundo Toribio de Medina, a aventura do primeiro descobridor do curso do rio Amazonas foi uma fuga e acendia: "La deserción de Orellana produzo en Gonzalo Pizarro y sus compañeros la irritación más profunda". E o jesuíta. Cristobal de Aguña assim relata essa aventura: "Acenderam-se tais desejos no coração de Francisco de Orellana, que no ano de 1540, com alguns companheiros, em frágil embarcação, se ficou nas correntes deste grande rio (que desde então tomou também o nome de Orellana). Passando à Espanha, pela relação que fez das suas grandezas, a Cesárea magestade do Imperador Carlos V mandou dar-lhe três navios com gente e todo o necessário, para que voltasse a povoá-lo em seu real nome. Para isto partiu no ano de 49, mas com tão adversa fortuna que, morrendo a metade dos soldados nas Canárias e ilhas de Cabo Verde, com os mais, que cada dia iam diminuindo, chegou à boca deste grande rio tão falto de gente, que forçoso lhe foi abandonar dois navios, que até aquele ponto havia conservado. Não se sentindo com forças para mais, prosseguiu sua aventura em duas lanchas de bom tamanho, por ele fabricadas, e com toda a sua gente entrou rio acima. Passadas poucas léguas, reconheceu