História das explorações científicas no Brasil

dos pontos principais e traçando uma carta da região. Tres anos mais tarde foi enviado pela Sociedade de Geografia de Londres para explorar o alto Purus e o Aquiri, para que solucionasse a questão, ainda debatida nessa ocasião, de ser o Madre de Diós afluente do Purus ou do Beni. Em 1867 James Orton procurou explorar o Beni, seguindo pelo Guaporé e Mamoré. Era quase o mesmo itinerário da expedição Hartt de 1870, de que depois trataremos. Em 1869 Domingos Soares Ferreira Pena explorou o Tapajós e o baixo Amazonas, publicando em 1869 uma monografia de sua expedição. Em 1871 o Governo Imperial mandou os engenheiros Gonçalves Tocantins e João Correia de Miranda explorarem o Tapajós em sua parte encachoeirada. O Ituxí, o Beni e o Aquirí são explorados pelos Coronel Pereira Labre e o Madre de Diós e o Mamore pelo Coronel Church. A região encachoeirada do Madeira foi mais tarde estudada pela comissão constituída por H. Morsing, Alexandre Haag e Julius Pink, nos estudos para a estrada de ferro Madeira-Mamoré.

Em 1884 e 1888 exploram o Xingu os irmãos Von Den Steinen, de cuja expedição trataremos adiante, no capítulo referente ao homem, porquanto os resultados etnológicos e antropológicos dessa expedição são os de maior valia. Em 1889 visitam essa mesma região Antonio Teles Pires e Oscar Miranda, que levantam a carta do Paranatinga ou São Manuel, até ao Tapajós.

Quanto aos afluentes da margem esquerda, devemos citar, além dos estudos feitos nos tempos coloniais, e aos quais já fizemos referências no capítulo das fronteiras, a viagem do padre José Nicolino de Sousa às cabeceiras do Cuminá Grande em 1876, exploração repetida e verificada pelo engenheiro Gonçalves Tocantins, que não ultrapassou o ponto terminal da viagem do padre Sousa.

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