História das explorações científicas no Brasil

das Velhas e das da região das minas de chumbo de Abaeté ao oeste do rio São Francisco".

Basta este simples fato de um trabalho científico merecer tal citação um século depois de realizado, para aquilatar-se o valor das observações do Tenente-Coronel alemão, e grande geólogo.

Em 1817, acompanhando a arquiduqueza Leopoldina da Áustria para o Brasil, veio ao nosso país a maior expedição científica que já o visitou, nunca aqui tendo aportado um grupo tão numeroso e tão seleto de cientistas, dos mais notáveis da sua época, chegados uns na própria comitiva da princesa, tão apaixonada pelos estudos das ciências naturais, comissionados outros pelas mais famosas sociedades científicas da Europa, contribuindo para o seu sucesso os fundos fornecidos pelos erários régios da Áustria, da Baviera e da Toscana. O mineralogista dessa grande expedição científica era o Dr. João Emanuel Pohl, mas também no relato da grande viagem pelo interior do Brasil de Spix e Martius encontramos uma série de dados de interesse geológico, devidos à observação de Martius que, ainda em 1842, 14 anos após a publicação dessa grande obra, redige curiosa nota sobre as jazidas diamantíferas da serra de Sincorá, no sertão da Bahia. A cada passo daquele estirado itinerário pelo interior do nosso país encontramos em Martius notas nas quais o botânico e o geólogo rivalizam. Desde os arredores do Rio de Janeiro onde "à primeira vista julgara que o granito era o mesmo que forma a montanha de Passam, ao longo da fronteira da Boêmia", demorando-se em descrever suas variedades e esse gneiss "com granadas finas que lhe dão uma bela aparência" (6) Nota do Autor até àquele

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