História das explorações científicas no Brasil

um companheiro brasílico ao célebre fóssil da Patagônia. Escreve ele: "Cunha Matos fala de uma interessante descoberta, feita nas margens do rio Pitangui, de um crânio gigantesco, pertencendo provavelmente a um mastodonte, e que ainda estava coberto de pelos muito espessos, de palmo e meio de comprimento, cortados em forma de coroa e muito bem conservados".

Sobre o valor geológico, propriamente, de tal expedição, assim se manifesta Derby : "Na narrativa de viagem pelo Conde de Castelnau, pouca coisa encontra o geólogo além das feições topográficas da região atravessada, e o fato de ser grande parte dela composta de grés, jazendo sare rochas inclinadas e em parte cristalinas. A insistência com que é notada cada ocorrência de canga, como se esta fosse a única coisa importante, é especialmente exasperadora".

Lembra contudo Branner que o relatório da expedição Castelnau em Goiás e da sua viagem nos rios Araguaia e Tocantins tem muitas notas sobre a geologia, ainda que seja difícil achar os lugares citados". Pouco adiante comenta ainda o mesmo geólogo: "Nas cabeceiras do rio Araguaia parece que há uma área de rochas paleozóicas, mas pouco se sabe, quer da área, quer do caráter das rochas. Castelnau diz que são eschistos argilosos muito amarrotados e com o pendor ao sul e sudeste". E lembra ainda que, até 1919, a única nota sobre uma série de sedimentos, provavelmente cretáceos, dessa região, eram devidas a Castelnau "que atravessou as camadas no caminho entre Goiás e Cuiabá".

São ainda desse mesmo decênio de 1841-1850 os estudos feitos pelo Dr. Perigot, que descobriu camadas de carvão em Santa Catarina (1841), e bem assim as explorações geológicas realizadas pelo Dr. Carlos Rate no Rio de Janeiro e em São Paulo. Têm a data de 18 de março de 1848 as Duas palavras sobre os terrenos

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