História das explorações científicas no Brasil

expedição, I. C. "White, tendo David White descrito a flora de Glossopteris.

Em 1914, como já vimos, segue Eusébio de Oliveira como geólogo da expedição Rondon-Roosevelt. Resumindo o esboço geológico do Estado de Mato Grosso, escreve ele:

"Este quadro abrange não só as minhas observações pessoais, como as dos geólogos que me precederam. Difere do quadro de Lisboa pelo acréscimo de novas séries sedimentares bem caracterizadas; pelo deslocamento dos folhelhos de Sepotuba que, outrora considerados como predevonianos, são agora colocados no permiano; e pela identificação definitiva dos arenitos de Aquidaúna e do rio Monjolo com os arenitos de Santa Maria da Bôca do Monte e de Baurú, respectivamente".

E Glycon de Paiva assim resume a importância dos estudos geológicos desta expedição: "O principal resultado do notável relatório desta viagem foi: — A conclusão a tirar dos estudos da bacia do Paraguai brasileiro é que ela faz parte do continente de Gondwana que Suess idealizou". — Como resultado de suas observações cria uma unidade estratigráfica para enriquecer a desfalcada coluna geológica de então: o arenito dos Parecís".

Vem depois a longa série de missões científicas do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil (entre as quais a expedição ao Tocantins-Araguaia de Oton Leonardos em 1938). O que foi o Serviço Geológico e Mineralógico dizem eloquentemente as suas dezenas de notáveis monografias e podemos terminar com as apreciações que dos seus três diretores fazem Eusébio de Oliveira e Glycon de Paivas.

"Derby dedicou-se especialmente aos conhecimentos geológicos e paleontológicos do país. Na parte econômica continuou os estudos do carvão de pedra e jazidas de

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