nos diz Fabius, em seu livro João Mauricio, o Brasileiro:
"João Maurício foi um bom soldado, um homem vigorosamente desenvolvido, calmo e jovial. Revelava grande interesse e aguda intuição em matéria de arte e de ciência.
Foi esse "grande interesse em matéria de arte e de ciência" que o levou a cercar-se de artistas e a procurar verdadeiros sábios que o acompanhassem quando, em 1636, o Diretório Geral da Companhia das Índias Ocidentais o nomeou Governador do Brasil.
A projetada frota de trinta e duas naus que devia conduzir o príncipe João Maurício para Pernambuco cedo se viu reduzida, no orçamento da Companhia, a pouco mais da terça parte, sendo-lhe concedidos apenas doze navios, mas mesmo esses se aprontavam com desesperadora lentidão. E escreve Hermann Waetjen :
"Com isso a paciência de João Maurício, em quem ardia o desejo insofrido de logo entrar em ação, acabou por esgotar-se e ele, com os quatro primeiros navios prontos para a navegação ao Brasil, deixou a Nova Diepe em 25 de outubro de 1636. O resto da esquadra devia segui-lo o mais breve possível. Em sua viagem para o Recife vinham na companhia do Príncipe o pastor Francisco Plante, o médico e naturalista Guilherme Piso, de Leiden, o astrônomo alemão Jorge Marcgraf e os irmãos Post (o arquiteto Pieter Post e o pintor Franz Post). Ventos desfavoráveis retardaram a viagem dos quatro veleiros. Foram forçados, durante semanas, a aguardar em Portsmouth, a mudança do tempo. E assim foi que só em 23 de janeiro de 1637 chegou João Maurício ao Recife".
É menos exata esta informação do escritor flamengo a respeito da primeira missão científica mandada por governo