Foi Marcgrave considerado, com razão, como o pioneiro da História Natural do Novo Mundo e, como diz Cuvier, "certamente o mais hábil, o mais exato, o mais ilustrado de quantos tenham descrito a história natural dos países remotos durante os séculos XVI e XVII".
Passa-se quase século e meio. Soprava sobre a América do Sul o nefasto vendaval Pombalino que fazia voltar ao deserto e à barbárie zonas tão florescentes e civilizadas no nosso interior. Substitui a Pombal o ministro Martinho de Melo e Castro que, ao menos neste ponto, se mostrou o mais esclarecido dos Governantes que já teve Portugal. Para que a Metrópole pudesse explorar de maneira eficiente e produtiva as suas colônias resolveu o Ministro de D. Maria I mandar expedições científicas às varias possessões portuguesas, para o estudo das suas riquezas naturais, seu clima, o estado dos vários núcleos de povoações e cultura. Partiram então de Lisboa, quase ao mesmo tempo, quatro expedições científicas, o maior número que já foi organizado em Portugal, nem sabemos de nenhum outro país que de uma só vez tenha enviado tantas, entregando-as a pessoal tão escolhido. Delas se dirigiram três para a África (uma das quais sob a direção do naturalista brasileiro João da Silva Feijó) (12).Nota do Autor Para a expedição ao Brasil ordenou Melo e Castro