"Além de outras plantas e árvores comuns a todas estas ilhas, como são aningas, e tabúas, mangues, xiroúbas, mamorixana, cebola-brava, imbaúbas, embira branca, lombrigueira, sumaúma e outras, cujos nomes sistemáticos já em grande parte constam da "Flora guaianense", e a seu tempo constarão desta do Pará, quando me for possível retificar as minhas observações, honram igualmente as suas margens diversas qualidades de palmeiras dispensadoras de uma primavera sempre leda. A verdura nelas e em quase todas as árvores do país é imortal. Estão em seus ramos os papagaios, os periquitos e alguns saguins, arremedando e contrafazendo tudo quanto veem e ouvem ao espectador que os observa. Não faltam nos alagadiços lontras, capivaras e jacarés".
No lago Arari encanta-o "a perspectiva mais galante que os olhos humanos podem ver, porque as árvores em redor não são árvores, são viveiros de infinitos jaburús, tijujús, guarases, maguarís e patos".
Ao Capitão-General Dom Martinho de Sousa Albuquerque, seu companheiro de travessia de Portugal para a colônia, e a quem por sua vez acompanhara na viagem pelo Tocantins (onde encontra o "anil tão trivial como em Portugal o malvaisco") dá, conta do estado das povoações que visitou, do atraso da agricultura e decadência da pecuária, quase repetindo a respeito da cana e do algodão as considerações de Acuña.
Em 1785 partiu de Belém para Barcelos e daí, embora com finalidade muito diversa, segue nas pegadas de Lacerda e Almeida. "Em mão o lápis e o caderno", diz o seu biógrafo Correa Filho, "o olhar atento, embarafustou-se pelo Rio Negro, águas acima, e seus tributários fronteiriços, o Uaupés, o Içana, o Ixiê, o Dimite, até alcançar o mais alto ponto acessível". Ao Rio Branco consagrou depois os seus esforços na esteira de Silva