História das explorações científicas no Brasil

rio Huallaya, demorando-se aí dez meses. E assim resume o fim da sua viagem: "Decem post menses per Amazonum flumen navigare cepimus, Egam oppidum provinciae brasiliensis Rio Negro magni antecessoris nostri vestigia sequentes a mense Septembris MDCCCXXXI ad proximi anni Aprilem usque habitavimus, bello atuem civili atrocissimo coacti per multa discrimina ad litora atlantica aufugimus, tandemque in ipsis fluminis ostiis, ubi novae species haud omnino nobis defuere, florae litoreae observandae mense dicato ad penates reversi sumus".

Do abundante material colhido por Poeppig os fetos foram tratados por Gustavo Kunge, as gramíneas por Trinuis, as Ciperáceas por Sigismundo Kunth, as Palmeiras na monografia de Martius e o restante em seu trabalho, em colaboração com Endlicher Nova Genera ac Species plantarum quas in regno chilensi-peruviano et in terra amazonica annis MDCCCXXVII ad MDCCCXXXII legit Eduardus Poeppig.

Não tinha ainda Darwin voltado à Inglaterra quando, em 20 de maio de 1836 embarcou o botânico Jorge Gardner na Memnon, com "o espírito excitado pelas miríficas descrições de Humboldt e outros viajantes sobre a beleza e variedade da natureza das regiões tropicais. Chegando ao Rio em 22 de julho desse ano, fez algumas excursões pela Serra dos Órgãos e depois seguiu por mar para o Ceará, desembarcando em Aracati, voltando ao Rio por terra, através do Piauí, porção oriental de Goiás e Minas Gerais. Em 6 de maio de 1841 embarcou-se na Gypsey, tocando no Maranhão, de volta à sua pátria. A ele devemos as primeiras observações sobre os fungos e a descrição de várias das nossas plantas, feita em pequenas memórias, sem nenhuma monografia da importância da dos outros expedicionários.

Passam-se dois anos. A 17 de junho de 1843 chegou ao Rio de Janeiro a expedição científica chefiada por

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