Data de 1815 a primeira expedição científica estrangeira, especialmente destinada ao Brasil, por isso que as expedições holandesa de Pies Marcgrave e portuguesa de Rodrigues Ferreira não podem ser consideradas como tais, por organizadas pelos dois países para o estudo de colônias suas; eram ao Brasil-Holanda e ao Brasil-Portugal que elas se dirigiam.
Foi muito pequena a contribuição zoológica das expedições das corvetas francesas, que por aqui passaram entre as expedições do Príncipe Maximiliano de Wied e do Conde de Castelnau. O relatório da parte zoológica da viagem de L'Uranie é feita pelos naturalistas e médicos Quoy e Gaimard, que traçam um primeiro esboço sobre a fauna do Rio de Janeiro e arredores, entusiasmados por este Brasil, cujo "nome lembra tudo o que a natureza possue de mais belo e mais fecundo". A melhor contribuição dos dois zoólogos é no domínio da ictiologia, dando boas estampas de 17 peixes da baía do Rio de Janeiro e dos rios que atravessaram em sua excursão a Friburgo. Das aves dão uma estampa do anum branco, porque "embora esta ave seja muito conhecida, ainda não se tem dela uma boa figura, pois as que Marcgrave e Willugby fizeram gravar na madeira são inteiramente desprovidas de qualquer semelhança". Devemo-lhes uma nova espécie de gavião (Rupornis leucorrhoa), uma perereca (Hyla fulva, corpore fulvo, dorso linea longitudinali nigra notato, da qual não fala Miranda Ribeiro) um bodum (Gonyleptes acanthopus) e esse comuníssimo molusco chora-vinagre ou tintureiro (Aplysla longicauda), que encontraram em abundância, "sobretudo por baixo do convento dos capuchinhos, perto da enseada da Glória, onde percorrem as pedras na maré baixa".
O relatório zoológico da viagem de La Coquille é quase inteiramente escrito por Lésson, que começa criticando