História das explorações científicas no Brasil

os comandantes das corvetas L'Uranie e La Thétis por terem entregue essa tarefa aos médicos das respectivas expedições. A sua contribuição ao conhecimento da nossa fauna se resume, à descrição e representação de um pequeno lagarto, o Laphyrus brasiliensis, do qual não encontramos referências no Catálogo de Afranio Amaral.

A parte relativa à fauna, da expedição da corveta La Vênus, só foi publicada em 1855. Os peixes foram descritos por Valenciennes (o continuador da obra de Cuvier), as aves por Prévost e Des Murs e os répteis por Duméril. (que com Bibron escreveu a grande Herpetologia), sem que em qualquer dos três encontremos um só animal brasileiro, limitando-se os seus estudos faunísticos da América do Sul ao Chile e às ilhas Galapagos. Valenciennes lembra mesmo que "o almirante, que fez na campanha de La Vênus belíssimas coleções zoológicas, só trouxe um pequeno número de peixes, preparados durante uma escala nas ilhas Galapagos. Dos mamíferos trata Isidore Geoffroy de Saint-Hilaire, que escreve um interessante capítulo "sobre os macacos americanos, compondo os gêneros Callithrix, Saimiri e Nyctipithecus". É curiosa e eloquente uma pequena nota ao Saimiri ustus: Hab. de Brésil (d'après mon père, qui a rapporté de Portugal le seul individu qui me soit connu)".

Enquanto passavam assim apressadas as corvetas, tivemos a oportunidade de receber as expedições de Maximiliano de Wied, de Guilherme Swainson, do botânico Saint-Hilaire (que fez igualmente rica colheita etnológica) e da grande expedição científica que acompanhou a imperatriz Dona Leopoldina, na qual, além dos bávaros Spix e Martius se destaca pela importantíssima contribuição que as suas coletas trouxeram para o conhecimento da nossa fauna, o austríaco João Natterer.

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