Procura dar sempre uma impressão exata do que viu, neste Brasil que "esteve até agora no grau mais baixo da civilização", sem censuras descabidas nem excessivos louvores, e quase sempre as galas da natureza consolam-no dos contratempos da penosa viagem, pondo o leitor em guarda, porém, contra o exagero de "certos viajantes que não se limitaram a falar do que viram" e de "certos escritores que deram descrições de países nos quais nunca puseram o pé". Como aconselha aos outros, ele suporta "tranquila e alegremente todos os incômodos, aceita as privações e sabe encarar pelo lado favorável todas as contrariedades"; a "variedade das flores compensava amplamente as pequenas fadigas da viagem" e ''o canário e o pintassilgo, dois pássaros brasileiros que melhor cantam, proporcionam aos Viajantes algumas distrações"; se o dia é claro, as "florestas são magníficas, mas "quando a escuridão é aumentada pelo tom pardacento do tempo chuvoso, seu aspecto é ainda interessante: milhares de seres, ainda não observados, aparecem então".
Importantíssimas foram as contribuições do príncipe Maximiliano de Wied ao conhecimento da nossa fauna, tanto pelo cabedal de informações nelas contidas a respeito dos hábitos, nomes vulgares e lendas sobre as espécies descritas como pelo rigor da descrição dos caracteres morfológicos, pela soma de pormenores biológicos, colhidos dos dados fornecidos pelos naturais ou de suas próprias observações. (12)Nota do Autor
Nos quatro alentados volumes de sua Contribuição à História Natural do Brasil estuda Maximiliano de