fixa do chefe sobre os fenômenos glaciais, os leva às serras de Aratanha para "certificar-se, por observações diretas que outrora existiram geleiras nas serras dessa povíncia". Demoram-se no Rio dois meses mais e a 2 de julho embarcam para os Estados Unidos "levando para o lar do hemisfério norte larga provisão de agradáveis recordações e imagens vividas para enriquecer a vida, daí por diante, com o colorido e calor tropicais".
Agassiz, que já se celebrizara pelos seus livros sobre os peixes da expedição bavara e sobre os peixes fosséis, considerada sua obra capital, nada escreveu, aproveitando aquele riquíssimo material por ele levado para Massachussets, com as 200 aquarelas de Burkhardt. Quando todo o material coligido para o Museu Nacional era mandado para os Museus estrangeiros, por ordem, muitas vezes direta do Imperador, por aqui não haver ninguém com competência para os estudos zoológicos, vemos que de uma expedição amplamente auxiliada pelos cofres do Governo brasileiro também o material não foi descrito por seu ilustre chefe, de quem diz Jordan, seu continuador: "Foi o melhor amigo que os estudantes conheceram (20). Nota do AutorUma grande parte do material faunístico levado por Agassiz foi estudado por Steindachner, que descreveu cerca de cem espécies novas de peixes brasileiros dessa expedição, e sobretudo pelos ictiólogos Carlos e Rosa Eigenmann em trabalhos da mais alta valia.