É ainda um reflexo do entusiasmo de Agassiz dos seus companheiros a expedição Morgan, que esteve no Brasil quatro anos mais tarde, sendo chefiada por Hartt, e à qual já fizemos referência no capítulo das expedições geológicas, convindo aqui lembrar mais uma vez os nomes desses estudantes que foram, mais tarde, dos mais notáveis zoólogos da sua pátria, e que se fizeram autoridades de reconhecido renome nas respectivas especialidades: o carcinólogo S. Smith, o entomólogo Comstock e o malacólogo Newcomb.
Seria uma injustiça, mesmo na parte referente à zoologia, deixarmos de fazer referência à Comissão Científica Brasileira, que já estudamos no capítulo anterior. Foi rico e precioso o material faunístico coligido. Infelizmente, apesar do apodo de Comissão das borboletas que lhe deram os nossos críticos fáceis, quase todo o material entomológico se perdeu pela incúria dos encarregados da sua conservação. As aves, porém, preparadas por Ferreira Lagos, são de uma tal perfeição de trabalho, que ainda hoje facilmente se reconhecem das outras coleções do Museu Nacional, só tendo como rivais as coligidas pela ornitóloga Emília Snethlage.
Apesar da reduzida zona percorrida, toda já muito visitada pelas missões anteriores, teve a expedição Van Beneden, que visitou parte das províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais em 1872, alguns resultados dignos de registo para o melhor conhecimento da nossa fauna, sobretudo para as nossas libélulas, descritas em uma série de memórias pelo grande entomólogo Selys Longchamps, e para os aracnídeos, coligidos pelo chefe da expedição e descritos nas Memórias de Sábios estrangeiros do Museu de Bruxelas, pelo aracnólogo alemão Bertkau.
Em 1886 o entornólogo americano Herbert Smith fez duas viagens a Mato Grosso, a Cuiabá e Chapada, coligindo abundante material faunístico.