História das explorações científicas no Brasil

sibilo da locomotiva, se no seio dos sertões se oculta, vai, contudo, deixando atrás de si, como marcos perenes, as vozes de sua língua, que perdurarão, lembrando sempre que ele foi o senhor, e que nenhum poder riscará a influência da sua inteligência na flora sul-americana. O tupi, com suas hordas ou tribos, é galho com ramos do tronco donde saiu o mesmo karaní, também com a sua ramalhada. Esse tronco formava uma nação, cujo nome, se o tinha, perdeu-se na noite dos séculos; mas foi formado da união de várias hostes, que se mesclaram no combate das miracemas, que constituíram as suas raízes".

Da sua viagem ao sul do Brasil, realizada como chefe da Comissão Geológica do Império do Brasil, no ano de 1877 trouxe Hartt, de cujas expedições pelo Brasil já tratamos páginas atrás, dezoito crânios humanos, recolhidos nos sambaquis, crânios esses que foram estudados por Lacerda, que sobre eles calcou a sua descrição do Homem dos sambaquis, com caracteres somáticos apresentando as maiores analogias morfológicas cranianas com os botocudos, tendo um descaimento frontal ainda mais pronunciada e uma face ainda mais rebatida. Hartt demonstrou-se igualmente um sagaz etnógrafo, tendo publicado sobre os índios que visitou uma série de notas interessantíssimas (11).Nota do Autor

História das explorações científicas no Brasil - Página 316 - Thumb Visualização
Formato
Texto