São Jorge (em Cantino) e de Santa Cruz (em Canerio), havendo neste último, aos cinco graus, marcado o cabo de São Roque.
"A tríplice nomenclatura do hipotético cabo de Santo Agostinho", escreve Malheiros Dias, "assinala três viagens, pelo menos, entre 1500 e 1505. A primeira poderia ser a de retorno de Gaspar de Lemos; a segunda refere-se à frota de João da Nova; a terceira à mencionada por La Faitada na carta a Pasquaglio, como tendo entrado no Tejo a 22 de julho de 1502 de volta da Terra dos Papagaios.
É indiscutível que Americo Vespucio veio nesta expedição de 1501, mas não foi o seu comandante nem teve conhecimento das designações que aos vários postos da escala e aos acidentes da costa ia registrando o Capitão-mor no esboço que mais tarde seria entregue aos cartógrafos de sua Majestade. Se assim não fosse, por que os calaria Vespucio, já longe de Portugal, já sem receio da pena de morte que impunha o rei a quem mandasse para fora as cartas de viagens, silenciando sobre estes pontos descobertos?
O comando da expedição de 1501 caberia a Gaspar de Lemos; ao mesmo alviçareiro Capitão a quem, na viagem de volta a Portugal, recomendara Cabral "que fosse correndo a costa sempre, enquanto pudesse e trabalhasse por lhe ver o cabo" e que tornasse à nova terra achada, trazendo agora os padrões com que assinalasse "os muitos bons portos e rios" dos quais já descrevera a Dom Manuel "as sondas e sinais"?
Tal é o que se deixa depreender deste trecho —de Gaspar Correia (Lendas da Índia), embora troque, no comando da nau de mantimentos, Gaspar de Lemos por André Gonçalves: "...e logo armou navios com que