História das explorações científicas no Brasil

Maria, aos 35º. Nos atlas de Vaz Dourado, das Necessidades e de Lázaro Luio, nos quais estão compendiados os conhecimentos geográficos do Novo Mundo em fins do século XVI, se encontra um pequeno rio, naquela baixa latitude austral (3.°) com o norne de rio de João de Lisboa; no Livro de Marinharia se refere, como da autoria deste mesmo piloto, em 1514, a latitude de 36 lugares da costa do Brasil, desde a embocadura do rio Maranhão até à foz do Prata.

Antes dessa expedição de João de Lisboa merece citada a de Dom Garcia de Noronha, que a oito de abril de 1911 partiu do Tejo com seis naus em demanda da Índia. Uma das suas naus, São Pedro, do comando de Manuel de Castro Alcoforado, na travessia do cabo de Santo Agostinho para a costa de Guiné. "se perdeu em um penedo que acharam no meio daquele golfão, e do nome da nau que deu no penedo, ele houve o que hoje tem de São Pedro, como ainda na carta de marear, que é uma rara maravilha ver em tanta profundidade de mar um rochedo aparecer sobre as águas", como escreve o livro das Famosas Armadas Portuguesas. Trata-se dessa ilhota de São Pedro que tão familiar se tornou com a viagem de Sacadura Cabral e Gago Coutinho.

Na mesma armada de Tristão da Cunha andara como piloto João Dias de Solis, mais tarde obrigado a omiziar-se em Espanha, por seus delitos passíveis da pena de morte, como informa Dom Manuel ao rei Fernando de Castela. Em Madrid, de volta da sua viagem á América com Pinzon, em 1509, é encarcerado por mais de dois anos. Mas em 1512 é nomeado piloto mor e em 8 de outubro de 1515 parte de São Lucar, como Capitão-mor de uma pequena frota de três caravelas, "porque era o mais excelente homem do seu tempo na sua arte".

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