Da sua viagem dá-nos conta Alonso de Herrera. Saindo de São Lucar, diz Herrera, "encaminhou-se para o porto de Santa Cruz da ilha de Tenerife, nas Canárias; saiu dali em demanda do cabo Frio, que está em 220 e meio deste lado da equinocial; viu a costa de São Roque em 6 graus, navegando para o sul quarta de sudoeste; e os pilotos diziam que iam a barlavento do cabo de Santo Agostinho a noventa léguas; e eram tantas as correntes que iam para oeste, que os lançaram a sotavento de Santo Agostinho dois graus. E do Cabo Frio ao de Santo Agostinho acharam treze graus e tres quartos. Chegaram ao Rio de Janeiro, na costa do Brasil, que acharam em 22 graus e um terço; e desde este rio até ao cabo da Natividade é costa nordeste-sudoeste, e a acharam terra baixa que vai bem ao mar; não pararam até ao rio dos Inocentes, que está em 23 graus e um quarto: foram logo demandar o cabo de Cananéa. que está em 25 graus escassos; daqui tomaram a derrota para a ilha que chamaram da Prata, fazendo o caminho de sudoeste, e surgiram em uma terra que está em 27 graus, à qual João Dias de Solis chamou Baía dos Perdidos. Passaram o cabo das Correntes e foram surgir em uma terra em 290 e correndo dando vista à ilha de São Sebastião de Cadiz, onde estavam outras ilhas, que chamam dos Lobos. e dentro o porto de Nossa Senhora da Candelaria, que acharam em 35 graus, e aqui tomaram posse para a coroa de Castela; foram surgir ao rio dos Patos em 34 graus e um terço; entraram logo em uma água, que por ser tão espaçosa e não salgada, chamaram o Mar Doce, que pareceu depois ser o rio, que hoje chamam da Prata, e então disseram de Solis".
Procurando entrar em contato com os índios que via na praia, desembarcou Solis com alguns companheiros, sendo morto e devorado pelos charruas.