Tendo despacho favorável, trouxe consigo, nessa sua desastrada aventura, ao piloto luso Gil Gomes.
Pouco se sabe das expedições mandadas pela coroa de Portugal para explorar e descobrir a costa ao norte do cabo de Santo Agostinho, delas havendo conhecimento mais pelos mapas e portulanos da segunda metade do século XVI, entre os quais avultam os dois de Diogo Homem (1558 e 1568), o de Bartolomeu Velho (1561), o de Lazaro Luis (1563) e os dois de Vaz Dourado (1568 e 1580). Sabem-se apenas, por seguras, a de Diogo Leite, que não passou além do Gurupi, e as de João de Sande e de Sebastião Gabotto, ambas de 1544. No atlas de Jean Van Doet, de 1585, já aparecem as costas do norte do Brasil até ao cabo Norte, assim como na carta de Van Langeren, de 1595, que, segundo o seu autor, é \"ex optimis Lusitanieis cartis hydrographicis delineata atque emendata\".
Lawrence Keymis, enviado por Walter Ralegh, em 1596, explorou o estuário do Amazonas, desde a confluência do Araguari até ao cabo Norte, continuando a sua rota até à foz do Orenoco, mencionando os nomes indígenas dos rios, desde o Araguari até ao Oiapoque, que ele foi o primeiro a tornar conhecido. Este rio, que marca o nosso extremo limite norte, foi alguns anos mais tarde (1604) explorado por Charles Leigh.
Por sua pouca importância, aspecto desolado e dificílimo fundeadouro, pouco chamaram a atenção a ilha da Trindade e o nosso pequeno arquipelago de Martim Vaz, antes marcados no mapa como escolhos a temer do que pontos de possível refúgio. A descoberta da Trindade tem sido erroneamente atribuída a João da Nova, em 1501, quando de vela para a Índia Para Capistrano de Abreu coube tal descobrimento a Estevam da Gama, filho de Aires da Gama, primo coirmão de Vasco da Gama, no