História das explorações científicas no Brasil

viagem espanhola de 1500) que surgiu a pretensão francesa à Guiana brasileira.

Apesar da argumentação cerrada de Duarte Leite em contrário, aceitam quase todos os autores a descoberta do Amazonas como devida a Vicente Yanês Pinzon, que o chamou de Santa Maria de la Mar Dulce, com as ilhas de Mariñatabalo na foz.

Em sua defesa dos direitos do Brasil na questão da Guiana brasileira, escreve Rio Branco: "A descoberta do litoral norte do Brasil, do rio das Amazonas e das costas da Guiana é devida aos espanhóis".

De 1502 a 1513 vários portugueses visitavam estas costas, quer oficialmente encarregados da sua exploração, quer como simples traficantes. Faltam pormenores sobre tais expedições, talvez pela proximidade da linha de Tordesilhas, não convindo que a coroa de Castela soubesse dessas excursões, nas quais não seria difícil ou improvável a invasão dos seus domínios.

Sabe-se que por lá andaram João Coelho (1502 ou 1503), João de Lisboa, Diogo Ribeiro, Fernão Frois (que se fizera acompanhar dos pilotos Francisco e Pero Cosso). Em contrário, a rota de Pinzon e Solis em 1508, o que motivou as representações do embaixador de Espanha.

Parece mesmo que eram os portugueses habituais visitantes dessa porção litigiosa, pois Oreliana, querendo voltar ao Amazonas (que de maneira tão dramática descera), pede permissão a Carlos V para contratar pilotos portugueses, como sendo os únicos que conheciam as costas do rio, "que tienen gran notícia della por Ia continua navegación que por alli tienen, y asi por esto, como porque navegan en piezas ligeras y bien aderezadas".

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