História das explorações científicas no Brasil

que se fizessem dois padrões iguais, pelos quais fossem traçadas as cartas de navegar "com a dita linha", nomeando cada qual dos soberanos, para tal fim "três astrólogos, três pilotos e três marinheiros experimentados". (4). Nota do Autor

A linha de Tordesillas, tal como aparece nos mapas, não representa, portanto, um trabalho científico, o resultado de estudos por expedições ou comissões para esse fim designadas, por isso "varia a sua colocação ao sabor das noções contemporâneas e individuais da circunferência da terra e da dimensão da légua marítima, tendo ainda no século passado Varnhagen sido obrigado a justificar a sua linha, dando para cada grau dezesseis léguas e dois terços. Se referirmos todas estas interpretações individuais, como fez Harrisse, ao meridiano de Greenwich, como linha zero, vemos que ela varia desde 42º30 a oeste com Cantino até 49º46 com Diogo Ribeiro (1529), havendo as soluções intermediárias de Jaime Ferrer (1495) com 45° 37', Enciso (1519) e Falleiro (1535) com 45º 38' e a Junta de Badajóz (Sebastião Gaboto, João Vespúcio e Tomás Duran, (1524) , com 46° 36'.



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