interregno, durante o qual esteve quase todo o tempo preocupado em rechassar os batavos (pois o tratado de Háia é de 6 de agosto de 1661), nem nos primeros lustros que se lhe seguiram, tomados pela consolidação do reino, ainda não curado da febre da Índia que continuava a absorver vidas e capitais, cuidou Portugal de explorar cientificamente o Brasil.
Espanha, que demasiadamente se hipertrofiara com os Filipes, via-se agora cercada de inimigos e ambiciosos, sendo muitos os que se julgavam com direitos à posse de tão pingue legado. Entre os pretendentes estava Luiz XIV e lembrado talvez, que já Francisco I apelara para Dom João III, nos momentos de adversidade (10)Nota do Autor, procura obter as boas graças de Dom Pedro II, firmando com ele o tratado de 4 de março de 1700, que considerava provisoriamente neutras as terras entre o rio Amazonas e o Oiapoque. Os corsários e flibusteiros dos séculos XVI e XVII tinham deixado nesta América do Sul, que a Bula papal dividira entre Castela e Portugal, sinais de suas proesas e a Holanda, a Inglaterra e a França obtinham os seus quinhões. Além das contendas com Castela, o inimigo de sempre, apareciam as novas dúvidas a resolver: os limites com as possessões de Holanda. França e Inglaterra.
O baixo Amazonas, regularmente percorrido pelos marujos da Lusitânia, começava, desde fins do século XVI, a despertar a cobiça dos flamengos, que já em 1594, faziam viagens diretas entre Antuérpia e o Brasil, e em