carta de 16 de janeiro de 1599 se queixava Alvaro Mendes de Castro ao seu Governo de que um enxame de navios holandeses visitava o norte do país. Zelandeses de Vliessingen, por volta de 1600, construíram dois fortes no Xingu, o que demonstra um bom conhecimento da região e as suas intenções de conquista.
Procurava a Companhia das Índias Ocidentais instruir-se das possibilidades e riquezas da América e, com o rompimento das hostilidades com Espanha, instalava-se em Pernambuco a Nova Holanda que aos poucos se ia dilatando. Mesmo como prisioneiros de guerra não esqueciam os vencidos de estudar a nova terra e informar aos seus, sendo notáveis as descrições, vivamente coloridas, que do Maranhão e da Amazônia fazem Gideon Morris de Jonge, Jofin Maxwell, Jacob Van Der Veere e Du Gardin em 1637 e 1638, dando conta da feracidade do solo, da riqueza da fauna e da flora, e até de como realizar a travessia de Lima ao Pará.
Com a paz de 1661 ficara à Holanda, além da indenização de oito milhões de florins, apenas Suriname. Ainda assim essa pequena Guiana se apresentava como uma ameaça à tranquilidade da coroa portuguesa, que, pela voz dos Governadores das províncias e capitanias do norte, não se descuidava de mandar averiguar os casos que lhe pareciam mais graves para a defesa da colônia.
Com a França os limites eram marcados pelo tratado de Utrecht, de 11 de abril de 1713, assinado, em nome do "muito poderoso príncipe Luis XIV, pela graça de Deus rei Cristianíssimo de França e de Navarra" pelo Marques de Huxeles e por Nicolau Mesnager, e em nome do "muito poderoso príncipe Dom João V, pela graça de Deus rei de Portugal e dos Algarves", pelo mestre de campo General João Gomes da Silva, Conde de Tarouca, e por Dom Luis da Cunha. Aí se determinava que as "Terras