História das explorações científicas no Brasil

dos arquivos, de onde só muito mais tarde foram trazidos a lume. Chegaram ao nosso conhecimento os que traçaram Diogo Pinto Gava (explorando o Tocantins em 1720), Francisco Palheta (que esteve no Madeira em 1722), os padres jesuítas, matemáticos Diogo Soares e Domingos Capassi (que vinham em 1730 com uma provisão real, dando-lhes todas as facilidades), Luis Fagundes Machado (que viajou por Mato Grosso em 1741), José Monteiro de Noronha (que, como vigário geral do Rio Negro, escreveu, um roteiro ou taboada itinerária desse rio em 1756), Francisco Xavier Ribeiro de Sampaio, intendente da Agricultura da Capitania do Rio Negro e seu ouvidor geral (que escreveu uma relação geográfico-histórica do Rio Branco da América Portuguesa e dois diários das viagens realizadas em sua capitania, com os respectivos roteiros).

Com a obra colonizadora mantida pela fibra e destemor dos brasileiros, os limites da América portuguesa iam aos poucos tomando uma configuração precisa e duradoura. Foram os brasileiros que fizeram o Brasil: Bento

Rodrigues de Oliveira, André Vidal de Negreiros, Aleixo Garcia cimentavam os alicerces nos quais ia ser construído esse monumento soberbo da obra genial desse grande, desse imenso Alexandre de Gusmão. Era depois de Utrecht, o Tratado de Madrid, de 13 de Janeiro de 1750.

Surge então, quase perfeito, o contorno do Brasil: século e meio depois completaria Rio Branco "as linhas" da nossa pátria, estabelecidas todas, como desejara Alexandre de Gusmão, mantida a paz com toda a América Meridional, vivendo os seus filhos "sem fazer-se a menor hostilidade".

Aos poucos tinham vindo os espanhóis, "com pés de lan", para não despertar os portugueses, que nesse tempo dormiam profundo sono, sem fazerem apreço ao Brasil", povoando a margem direita do Rio da Prata. Os jesuítas

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