outros rios, ou balizas naturais, por onde mais comodamente, e com maior certeza se possa assinalar a raia naquela paragem, salvando sempre a navegação do Jauru, que deve ser privativa dos portugueses, e caminho que eles costumam fazer do Cuiabá para o Mato Grosso; os dois Altos Contraentes consentem, e aprovam, que assim se estabeleça, sem atender a alguma porção mais ou menos no terreno, que possa ficar a uma ou a outra parte. Desde o lugar, que na margem austral do Guaporé for assinalado para o termo da raia, como fica explicado, baixará a fronteira por todo o curso do rio Guaporé até mais abaixo da sua união com o rio Mamore, que nasce na província de Santa Cruz de la Sierra, atravessa a missão dos Moxos, e formam juntos o rio chamado da Madeira, que entra no das Amazonas ou Marañon, pela sua margem austral.
E o artigo VIII: "Baixará pelo álveo destes dois rios, já unidos, até à paragem situada em igual distância do dito rio das Amazonas, ou Mararion, e da boca do dito Mamoré; e desde aquela paragem continuará por uma linha Leste-oeste até encontrar com a margem oriental do javari até onde desemboca no rio das Amazonas ou Marafion, prosseguirá por este rio abaixo até à boca mais ocidental do Japurá, que desagua nele pela margem setentrional."
E o artigo IX: "Continuará a fronteira pelo meio do rio Japurá, e pelos mais rios, que a ele se ajuntam, e que mais se chegarem ao rumo do Norte, até encontrar o alto da cordilheira de montes que mediam entre o Orinoco e o das Amazonas ou Mararion; e prosseguirá pelo cume destes montes para o oriente, até onde se estender o domínio de uma e outra Monarquia. As pessoas nomeadas por ambas as Côrtes para estabelecer os limites, conforme é prevenido no presente artigo, terão particular cuidado de assinalar