de grandes blocos de quartzo, com aspecto mais ou menos rolado, envolvidos pela argila e só encerrando fragmentos angulares. Devido à situação quase vertical dos leitos de filito, a infiltração é facilitada e por isto a rocha se encontra decomposta até 70m e algumas vezes mais. Assim é possível que se tenham produzido enriquecimentos secundários, como ficou verificado na exploração já referida que revelou a existência de bolsas particularmente ricas, mas quase isoladas.
A nor-nordeste de Jaguaruna está a propriedade do Sr. Francisco Cesar com 187,93 hectares, constituída de três partes denominadas, respectivamente, Onça de Cima, Onça Estreita e Onça Limoeiro. A superfície do terreno não é muito acidentada; destacam-se colinas arredondadas e vales largos. A maior diferença de nível orça por alguns 90m. A parte mais baixa fica ao lado do arraial; enquanto a mais elevada se estende para o norte. O provimento de água para as necessidades ordinárias de uma exploração está assegurado pelo córrego que transita pela propriedade, mas o problema de força é de solução mais difícil, pois que não se pode contar com mais de 60 HP nas proximidades. Assim, com os recursos locais em força, não se pode pensar em instalar um engenho com capacidade superior a 30t diárias.
O engenheiro de minas e civil Arthur Joaquim Pamphiro descreveu em 1882 28 propriedades auríferas que se estendem de Pitangui a Pará. Verificou que todos os vieiros eram de quartzo negro, com bolsas de argila ferruginosa, amarela, cuja largura podia atingir três metros. Referiu-se também aos cascalhos das encostas de colinas, nos quais encontrou valores de zero a dois gramas por metro cúbico. Examinou os cascalhos dos córregos, tendo encontrado espessuras de um a cinco metros com teores em torno de dois gramas por metro cúbico.