coberta por densíssima floresta. Por toda a parte, pelas encostas abruptas da serra, encontram-se blocos de quartzo de vieiro. Na maioria das vezes o quartzo é branco-leitoso e estéril; mas de quando em vez ele se mostra piritoso e aurífero.
Os córregos denominados Ouro Fino, Ouro Preto, Lavrinhas, Fartura, etc. relembram nos nomes as antigas minerações dos jesuítas.
Um dos afluentes mais ricos do Rio Verde é o Ribeirão Cruzeiro ou Pedro Vaz. Principalmente no trecho em que atravessa as terras de Dona Maria Isabel Carvalho Quartim, consta que as aluviões são bastante produtoras.
Cortando o córrego Quebra Cabeça, no sítio do Sr. Luiz Valio, encontramos um vieiro de quartzo com muita pirita e afrisita, mas relativamente pobre em ouro (um a dois gramas por tonelada). A presença de alguns cristais de feldspato no minério indicava estar-se nas proximidades da zona pegmatítica.
No córrego dos Moços, afluente do Rio Verde, em terras do engenheiro David MacKnight, corre um vieiro de quartzo com turmalina e afrisita bastante rico em ouro. No mesmo córrego tem sido encontrada a cassiterita. No rio Ipiranga, afluente do Juquiá, têm sido verificados cascalhos auríferos, sendo especialmente famosas as aluviões do afluente Travessão. Estas jazidas, que se acham em terras do Sr. Guilherme Christofle, foram estudadas pelo engenheiro Theodoro Knecht. O ouro provem de vieiros de quartzo com pirita e afrisita, encaixados no granito. As lavras antigas dos jesuítas começavam a três quilômetros a montante do Salto, e se estendiam às cabeceiras do Rio Travessão, num comprimento de cerca de seis quilômetros. O volume de aluviões auríferas é, na opinião do Dr. Knecht, assaz considerável.