Nos outros vieiros plumbo-argentíferos encontrados no sítio Macacos, encontram-se sempre ouro, o qual poderá ser recuperado no refino do chumbo.
As terras que envolvem os buchos da galena no grande vieiro de Furnas, e que provêm da decomposição da pirita, são também auríferas.
O vieiro aurífero da Serra das Lavras foi descoberto em 1933 pelo engenheiro Theodoro Knecht. Na encosta abrupta da Serra das Lavras, que cai sobre o Rio Betari, há uma grande massa de aluviões argilosas auríferas, que foram em parte trabalhadas pelos antigos.
Estas jazidas pertencem à Sociedade Mineração Furnas, a qual fez uma ligeira prospecção do vieiro, por meio de galerias. Superficialmente tanto o vieiro como os filitos encaixantes se acham profundamente alterados. Análises dos minérios, procedidas no Laboratório Central da Produção Mineral, revelaram teores de três a 20g de ouro por tonelada. Em outras análises, realizadas pelo Dr. Knecht, obtiveram-se até 50g de ouro por tonelada.
Em toda a região compreendida entre Furnas e Itaoca encontram-se vestigios de chapéu de ferro de vieiro piritoso, revelando sempre nas análises que mandamos proceder teores fracos em ouro. Sobretudo nos sítios Capoeiras e Furquim e na fazenda Vital encontram- se grandes reservas de pirita fracamente aurífera, isto é, com um a cinco gramas de ouro por tonelada.
O Dr. Marianno Wendel, professor da Escola Politécnica de São Paulo, que tem analisado estas piritas, quando deputado, apresentou um projeto à Asssembléia Legislativa, mandando o governo de São Paulo financiar a construção de uma fábrica de ácido sulfúrico a ser edificada em Ipanema, para aproveitar as piritas de Iporanga e de outras procedências do estado.