As minas do Brasil e sua legislação

Esse ácido sulfúrico se destina à fabricação de superfosfatos, para o que se aproveitará a apatita das jazidas de Ipanema. A proposta do professor Wendel é tanto mais interessante quanto se sabe que as fábricas de ácido sulfúrico de São Paulo utilizam enxofre importado, o qual, como tem mostrado o professor Sylvio Fróes Abreu, está sendo pago por preço superior ao preço por que o Ministerio da Guerra paga o enxofre contido nas piritas de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Município de Apiaí

As jazidas do Morro do Ouro, junto à cidade de Apiaí, são conhecidas desde os tempos coloniais e têm sido trabalhadas com interrupções, sempre, aliás, de maneira precária.

Foram estudadas em 1883 pelo engenheiro Gonzaga de Campos, por parte do Sr. José de Souza Barros, que pretendia explorá-Ias. Foram adquiridas depois pelo Sr. Antonio Carlos Meuchert, que tentou lavrá-las e, desde 1922, acham-se em mãos dos Srs. David MacKnight, Frank Krug e Walter Charnley, que têm procedido a estudos meticulosos de prospecção, já fizeram ensaios de exploração, e estão tentando agora organizar uma empresa com suficientes capitais para explorá-las em grande escala.

O morro do Ouro eleva-se a cerca de 200m sobre a cidade de Apiaí e a pouco mais de mil metros sobre o mar. Geologicamente é constituído de filitos dolomíticos do Algonquiano inferior, os quais se acham por toda parte profundamente alterados. Na base oeste, junto à cidade, corre uma faixa de mármore cinzento escuro, cortada por um dique de diabásio. Para noroeste, na direção de Pinheiros, e para sul, no rumo de Taquaruçu,