As minas do Brasil e sua legislação

Os trabalhos de prospecção foram conduzidos pelo engenheiro Antonio Portes, que determinou a continuidade do vieiro na extensão superficial de 200m.

A rocha encaixante do vieiro é um gnaisse muito xistoso com faixas de metabasito, rochas essas que se acham superficialmente muito alteradas. O vieiro parece ter a forma lenticular. É constituído de quartzo branco com pirita e alguma galena, e excepcionalmente calcopirita. Na zona superficial, acha-se muito alterado e apresenta as cavidades deixadas pela pirita cheias de enxofre nativo, limonita e palhetas de ouro. As fendas se mostram atapetadas de cristais verdes de piromorfita.

No afloramenlo descoberto em primeiro lugar, o vieiro apresentava a possança de um metro, alargando-se, a 25m de profundidade, até seis metros.

Para atingir o vieiro foi iniciada uma galeria de nível no fundo de uma grota. Essa galeria cortou 65m de saibro, proveniente da alteração do gnaisse, e se prolongou por mais 110m dentro do vieiro. Passa este túnel a 26m abaixo do afloramento mais alto, onde foi aberto um poço inclinado, acompanhando o pendor do vieiro, o qual foi aprofundado até 32m. Ficou assim determinada uma reserva, entre a superfície da montanha e o nível de sete metros abaixo da galeria citada, de cerca de dez mil toneladas de minério. Desse total já foram extraídas cinco mil toneladas.

Embora superficialmente o minério rico encerre por vezes até cem gramas de ouro por tonelada, de acordo com as análises procedidas nas amostras médias colhidas pelo engenheiro Othon Leonardos, o teor médio das cinco mil toneladas extraídas não deve afastar-se muito de 16g/t.