de Bahia a Aracaju, pouco além de Cajueiro; e lança-se no oceano próximo à fronteira da Bahia com Sergipe. Nas cabeceiras biparte-se, tomando os nomes de Itapicuru-Mirim e Itapicuru-Açu; recebe depois os afluentes Coité, Ibueira e Jacurici, que proveem do município de Bonfim; o Rio do Peixe, atravessado pela estrada de ferro, abaixo de Queimadas; o Rio Pau a Pique, que tem suas cabeceiras em Santa Luzia; na margem esquerda, tem como tributários os rios Massaca [Massacará], Cariacá e Quijingue, provenientes de Monte Santo; Macete, que desce de Cumbe; Pombal, que deságua quase defronte de Cipó; depois uma série de riachos e córrego sem importância. Estes afluentes secam durante o inverno; o próprio Itapicuru, assaz volumoso na estação chuvosa, reduz-se na estiagem ao volume de um córrego.
Todo o rio Itapicuru é aurífero e diamantífero. Sobretudo no curso inferior os diamantes são mais frequentes. O ouro, ao contrário, é mais abundante nas cabeceiras, no município de Jacobina, e depois na região de Queimadas, onde as várzeas aluvionais são mais largas e mais ricas em cascalhos. Principalmente ao norte de Santa Luzia encontram-se riquíssimos depósitos auríferos.
Na barra do Rio do Peixe, a 42km ao norte de Santa Luzia, os cascalhos auríferos assentam sobre camadas empinadas de quartzitos e filitos da Série de Minas, e em certo ponto sobre eruptivas básicas. Estas últimas são responsáveis pelo solo laterítico rubro que se avista em alguns trechos da margem direita do rio Itapicuru.
A Série de Minas é cortada aí por inúmeros vieiros hidrotermais de quartzo, de tonalidades variando