do branco ao negro, e por veios de sílex pardacento ou negro, material este bastante comum em todo o curso do Itapicuru.
Uma cata aberta pelo Sr. Siciliano Marinho, em fins de 1934, entre Conceição e Triado, na margem direita do Itapicuru, pôs a nu um vieiro de quartzo cinzento claro cravejado de enormes pepitas de ouro. Este ouro não passava, entretanto, de uma concentração secundária muito particularizada. A amostra média do afloramento do vieiro, analisada no Laboratório Central da Produção Mineral, revelou apenas um grama de ouro por tonelada de minério. Este vieiro acha-se encaixado em filitos, e corta o Rio Itapicuru no rumo aproximadamente nordeste-sudoeste.
Encravada no meio das formações arqueanas, a Série de Minas tem aqui um desenvolvimento assaz restrito; e pouco a jusante de Conceição, ela sucede aos gnaisses que formam o grande chapadão profundamente peneplanado, que se estende desde Serrinha até além de Queimadas. Nos arredores de Santa Luzia ressaltam algumas bossas de granito cinzento, provavelmente laurenciano; e em Itiúba se desenvolve uma serra de granito róseo possivelmente huroniano ou caledoniano.
No Cipó, o rio Itapicuru corre sobre arenitos e conglomerados cretássicos e exibe, nos barrancos, camadas de areias e argilas pleistocênicas, de idade evidenciada pelos dentes de um toxodonte nelas encontrado pelo geólogo José Ferreira de Andrade Júnior(1), relacionado à fauna pampeana da Argentina.
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