jogam-nos luz suficiente para uma visão mais exata das razões de fracasso das empresas que operaram as minas de ouro daquela localidade.
As ocorrências auríferas de Lavras até bem pouco tempo apresentavam-se em vieiros de quartzo-piritoso em granito e andesito. A rocha regional predominante é o granito. A vila está edificada sobre esta rocha, a qual persiste em um raio de mais de sete quilômetros. Dos lados leste e nordeste aparece a formação de andesito de Vista Alegre que vem ter contato com o granito a seis quilômetros de Lavras.
Tanto o granito como o andesito estão bastante fendilhados, predominando as direções N-S. O enchimento destas fraturas verificou-se por ação hidrotermal em que o quartzo trouxe a pirita-aurífera assim como minerais sulfuretados de chumbo e cobre. Em virtude do fendilhamento pouco importante, não só devido às características das rochas, como, talvez, ao próprio movimento tectônico, as jazidas são todas de pequena possança, apresentando-se em veios e lentes de pequenas espessuras e persistência em profundidade. Uma série enorme de exemplos bem patentes confirmam esta asserção. As minas Virginia, St. Clement, Aurora, Pitangueiras e Cerro do Ouro são deste tipo.
Há, todavia, um aspecto bem recente que devemos considerar como de interesse. Refiro-me a uma descoberta feita há muito pouco tempo em terrenos da antiga companhia belga, a oeste de Lavras. O local chama-se Bloco do Butiá e fica entre as antigas minas de St. Clement e Guarda-mor, cerca de seis quilômetros da vila.
Esta área é toda formada de granito, ora aflorando em blocos maciços, ora em laterito de poucos metros de profundidade. No ponto referido, cortes e outras escavações antigas mostram uma rocha diferente, geralmente