As minas do Brasil e sua legislação

decomposta na superfície, mas fresca em profundidade de quatro a cinco metros. A pequenina quantidade de quartzo e outras característicos fazem logo suspeitar um sienito. Os estudos petrográficos, que estamos procedendo em amostras colhidas na mina, vêm mostrar que a rocha é pegmatítica. Sendo de estrutura mais suscetível à penetração de soluções, foi mineralizada disseminadamente por pirita-aurífera.

Esta formação ocorre em uma área de cerca de 800m de comprimento por 200 de largura, isto é, de Guarda-Mor à descida da mina Virgínia e de St. Clement, como limite sul, aos trabalhos antigos de Guarda-Mor, ao norte. Examinamos especialmente o corte do Bloco de Butiá, onde se fazia extração de minério a céu aberto. A largura do corte mede cerca de 15m e seu comprimento, 50.

O material apresenta-se quase todo oxidado, porém há faixas onde ele está mais compacto e aí toma cor verde e é bastante impregnado de pirita. A parte decomposta é amarelada, mostrando os sinais de decomposição da pirita. Há, também, uma parte semidecomposta, isto é, material esverdeado com a cavidade de pirita decomposta. Nos ensaios que procedemos em uma seção transversal do corte, verificamos que a parte piritosa é a mais rica em ouro. A amostra média do minério extraído e amontoado à beira do corte deu sete gramas por tonelada. Compunha-se principalmente de minério oxidado. Na seção amostrada, isto é, em 11,80m a média desceu para quatro gramas por tonelada.

Pedro Matta & Cia. é a empresa que possui e explora esta mina. O minério extraído em Bloco do Butiá é transportado em carroças puxadas a boi até o antigo engenho da companhia.