Município de Jacobina

A estrada de ferro de Bonfim a Jacobina corre na aba da serra deste nome, a qual toma a cada momento o nome da povoação mais próxima. De um modo geral as terras peneplanadas do chapadão revelam um subsolo gnáissico, enquanto as cordoarias que se estendem de Campo Formoso a Jacobina são constituídas pelas rochas cristalofilianas da "Série de Jacobina", de Branner, a qual, a nosso ver, engloba as séries de Minas (Algonquiano inferior) e outra, conglomerática, que parece corresponder à Série Itacolomi, ou mais provavelmente, à das Lavras (Algonquiano superior ou Cambriano).

Ambas estas séries se acham fortemente inclinadas, por vezes verticais e quase sempre orientadas no octante nor-nordeste-nordeste, enquanto a série arqueana se mostra com inclinações e orientações as mais variáveis.

A Serra de Jacobina sofreu fortes efeitos tectônicos pós-algonquianos. Do processo diastrófico resultou a implantação das séries algonquianas em longas cunhas encravadas por meio de falhas no embasamento arqueano. Estas falhas tornam-se bem flagrantes quando se observa, de longe, as serras e serrotes em ressalto sobre o chapadão gnáissico, ou quando se aprecia a brusca mudança no caráter metamórfico entre a série arqueana, granitizada na cata-zona, e as séries algonquianas, meso ou epimetamórficas.

A Série de Minas é constituída de quartzitos sericíticos, não raro coloridos de verde pela mica fucsita, filitos contendo lentes de minério de manganês, clorita-xistos, talcoxistos e itabiritos. A Série das Lavras é evidenciada pelos quartzitos areníticos e conglomerados quartzíticos, os quais na chapada central do estado são sempre diamantíferos. Ambas as séries são cortadas por