Estes depósitos ficam situados no alto da Serra do Açuruá, a 1.060m de altitude, e a cerca de 25km a sudeste de Gameleira do Açuruá e a 42km de Xique-Xique.
O professor Timotheo da Costa (1) confirma que são estas as jazidas mais ricas da região.
Trata-se de enormes terraços antigos com grande espessura de cascalhos excepcionalmente ricos em ouro. Avaliou aquele engenheiro a área destas bacias em dez milhões de metros quadrados, e em um metro a possança média dos cascalhos produtivos. Sobre esta formação útil jaz uma capa de terrenos estéreis constituída por uma camada de argilas muito carregadas de óxido de ferro, com 1,50m em média de espessura, sobre a qual repousa uma outra camada, com três metros em média de possança, de uma canga limonitosa, dura, designada mocororó.
As bacias de cascalho têm suficiente inclinação para permitir o desmonte pelos processos hidráulicos. Mas a canga superficial exige para sua desagregação o emprego de explosivos.
Perfurou o engenheiro Timotheo da Costa oito poços na bacia do Gentio, e do cascalho extraído apurou em média 21,023g de ouro por metro cúbico.
Os cascalhos produtivos do Gentio foram por ele avaliados em dez milhões de metros cúbicos, contendo um total de 210.230kg de ouro, o que representava em 1886, a 5$000 a oitava, 293.200:000$000, atualmente, a 20$000 o grama, 4.204.600:000$000!
Embora sem conhecermos pessoalmente a região, estranhamos o vulto destes algarismos. Pelo menos a riqueza
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