a riqueza em ouro neles observada não passa de uma concentração secundária muito superficial. Não será estranhável que, à pequena profundidade, o minério empobreça a ponto de não compensar mais a mineração.
A exploração das aluviões é relativamente fácil e segura, dependendo apenas de uma cubação conscienciosa das diversas bacias. Os dados numéricos apresentados no relatório do Dr. Timotheo da Costa, apesar da reconhecida probidade deste antigo professor da Escola Politécnica, devem ser aceitos com muita reserva, pois se baseiam em número muito restrito de observações.
Os resultados obtidos durante os dois anos e meio de atividade da Companhia do Assuruá nunca foram publicados e são desconhecidos dos proprietários atuais. Mas todas as pessoas que estiveram no Açuruá confirmam que a abundância em ouro nesta serra é extraordinária.
Entre os informantes, estão os engenheiros Horace E. Williams (1) e Alpheu Diniz Gonsalves, antigos geólogos do Serviço Geológico. Este último, que percorreu a Serra do Açuruá em fins de 1923, nos informou que, no Gentio, é corrente encontrarem-se pepitas de ouro nas moelas das aves domésticas; daí o hábito de se venderem estes animais sem aquele orgão ou de os vender mais caros quando vivos ou inteiros.
Gentio do Ouro
Em Gentio do Ouro jazem as aluviões auríferas mais afamadas da Bahia.
Nota do Autor