Os males do presente e as esperanças do futuro: estudos brasileiros

entretanto, sua filiação ao novo partido. Nem se pode dizer que a morte o surpreendeu ainda monarquista. Se vivesse alguns anos mais, ele teria, provavelmente, durante a situação liberal, representado na Câmara um papel proeminente, senão o primeiro, e ter-se-ia identificado, em sua madureza e completa formação política, com a monarquia, que era mais conforme ao seu temperamento liberal-democrático, ao seu amor da seleção e à sua índole reformadora e não revolucionária."

Como quer que seja, os seus contemporâneos julgavam-no o homem do futuro(1) Nota do Prefaciador e conferiam-lhe a glória de haver preparado um povo para a liberdade(2) Nota do Prefaciador. E tal era o sentimento geral dos republicanos de então que os redatores da A Republica, entre os quais Quintino Bocayuva, Salvador e Lucio de Mendonça, convidados para a inauguração oficial do cabo elétrico submarino, realizado a 1.° de janeiro de 1874, no Hotel dos Estrangeiros, delegaram a Tavares Bastos a representação da folha nessa festa de progresso, como um ato de reconhecimento pelos serviços por ele prestados à ideia democrática e civilizadora do Brasil. Da honrosa carta que a esse respeito lhe dirigiram é muito significativa o seguinte período:

"Aquele que iniciou no Brasil a liberdade de navegação costeira; o que alcançou as comunicações a vapor entre os Estados Unidos e o Brasil; o que primeiro lançou as bases da descentralização política e administrativa em um livro justamente estimado e respeitado; o que abriu às bandeiras do comércio do mundo os nossos grandes rios, chamando a indústria de todos os povos à grande batalha do progresso no seio das nossas florestas virgens; o que

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