aos mais aperfeiçoados métodos e à aptidão dos professores, - fale por nós um notável polígrafo contemporâneo:

"Liberal, no sentido clássico da expressão, cultor em economia política das boas doutrinas que não variam, ele foi um precursor não só no combate contra a ignorância que ainda mantemos, na propaganda da educação estimuladora que começamos, na reivindicação da sinceridade administrativa, como na vulgarização dos métodos americanos e na atenção que prestava ao desenvolvimento assombroso da Austrália.

"A sua tese de doutor, as Cartas do Solitario, A Provincia e outros estudos, devem ainda ser lidos e meditados por todos aqueles que se interessam por uma verdadeira política de construção. Muitos dos problemas que então o preocupavam foram resolvidos: o Império abriu o vale do Amazonas ao comércio mundial e emancipou o negro; a República realizou a descentralização que ele sonhava, adotando mesmo as instituições americanas. Mas, muitos outros problemas ficaram sem solução e sem estudo apropriado. Ele chamara a atenção para a educação do escravo que se ia libertar; fez-se a abolição, mas não se organizou a instrução e não se tratou da localização dos trabalhadores nacionais(1) Nota do Prefaciador.

Em relação à emancipação dos escravos, pode-se dizer que foi essa, principalmente, sob o aspecto social, a ideia querida de Tavares Bastos. Primeiro advogado do ventre livre no Parlamento, muito antes, porém, de haver consubstanciado em projeto de lei esse pensamento liberal, o futuro autor das Cartas do Solitario, quando ainda acadêmico em S. Paulo, dera à publicidade um notável estudo, datado de 1856, no qual, verberando com energia a cruel severidade da nossa legislação criminal sobre escravos, já dizia: "que o remédio contra a escravidão não está em