estado: 23 escolas de ensino primário em geral mal providas; um diretor de instrução que é ao mesmo tempo secretário da diretoria; uma lei ou regulamento que determina o método de ensino, as obrigações dos professores, suas habilitações; falta de medidas que obriguem os pais e tutores a mandarem seus filhos à escola; nenhuns socorros aos meninos indigentes, além dos compêndios, pena, papel e tinta; eis o que há sobre a instrução primária. — Pouco ou nada tem feito o poder público com criar cadeiras, se não são dados os meios de preparar os mestres, se lhes não oferece um futuro e incentivos para se aperfeiçoarem esperando promoções e recompensas segundo os seus progressos e merecimentos. Não proporei a instituição das escolas normais porque falece o pessoal e os meios para sustentá-la. Províncias muito mais adiantadas, o próprio Município da Corte, ainda não possuem essa instituição. Mas há a instituição de alunos-mestres (abonada pela experiência na Holanda e já adotada na Corte) que é sem dúvida mais fácil, mais econômica e compatível com as circunstâncias da província. — Dentre as 19 leis provinciais que tratam da instrução apenas a de novembro de 1853 (nº 15) e a de maio de 1855 (nº 42) contam poucas e incompletas providências; todas as mais criam cadeiras e fixam ordenados. — A vitaliciedade estabelecida por esta última lei, é um mal onde não há pessoal habilitado. — Das 23 cadeiras criadas (19 para meninos e quatro para meninas) se acham providas 19, e todas interinamente exceto a de Vila Bela e a de meninas desta capital, frequentadas por 483 alunos. — Todas as razões de interesse público dão ao Estado o direito de não consentir que pais e tutores negligentes privem os seus filhos e tutelados desse imenso benefício que tanto influi sobre a moralidade pública e segurança dos direitos individuais. — É indispensável a criação de um visitador para inspecionar individualmente as escolas todos os anos, em épocas incertas. A inspeção gratuita é inútil porque de ordinário o patronato ou a inimizade a inspira". — O diretor da instrução, diz no seu relatório, que a Casa dos Educandos conta 16 alunos. A instrução secundária está