A instrução e as províncias vol. 1

regulando e uniformizando o ensino em toda a província, o público recebe um testemunho positivo do aproveitamento dos sacrifícios dos cofres públicos; aos preceptores da mocidade abre-se um vasto horizonte para se recomendarem à estima e apreço público pela sua dedicação, zelo e inteligência no magistério. — A instrução primária homogênea em toda a província; e como se ensina e se aprende nas escolas das nossas fronteiras mais remotas, não difere do que e do como são regidas as escolas da capital. Não se presenciará mais a desarmonia que encontrei em algumas escolas do interior. Cada professor adotava, como compêndio, o livro que lhe parecia melhor, quase sempre aquele por que tinha aprendido, sem harmonia na divisão do ensino. Isto era uma irregularidade muito grave. (Não encontramos na legislação da província o regulamento que alude em dois anos consecutivos o presidente Williams de Mattos). — A despesa com a instrução atinge em 1870 a 31:400$000.

Em maio uma lei (nº 203) autoriza o governo "a mandar admitir nos cursos de francês e matemáticas elementares do Liceu os educandos artífices que mais mostrarem aptidão no curso primário e nos ofícios a que estiverem dedicados". — Uma outra (205) "criava no edifício onde funciona o Liceu, uma aula de leitura que servirá de núcleo à Biblioteca Pública da província".

1871. Em maio uma lei (nº 221) cria cadeiras no Liceu da Capital. "Ficam criadas as seguintes cadeiras: de língua inglesa; pedagogia; escrituração mercantil e contabilidade; história universal. Estas matérias serão dadas deste modo anexas: a de língua inglesa à francesa; a de contabilidade e escrituração mercantil à de matemáticas elementares; a de história universal à de geografia; a de pedagogia à de gramática filosófica; ficando a de retórica ligada à de filosofia".

"As causas que se opõem ao desenvolvimento da instrução pública são complexas, mas podem grupar-se nas classes seguintes: indiferença dos pais pela instrução dos filhos, provenientes