A instrução pública e o estado de São Paulo - 1º vol.

rigorosa, como era na época, em toda a Europa. Os alunos externos eram divididos em três classes: menores, médios e grandes. Os menores podiam ser açoutados, os médios receberiam apenas palmatoadas e os maiores (de 18 anos) nem palmatoadas nem açoutes. Seriam repreendidos em particular e em público. O Colégio é mais tarde transferido para o Rio de Janeiro. Consta que havia escolas menores onde haviam casa da Companhia e nelas os filhos dos índios "com aprenderem a ler, escrever o português se faziam políticos e homens". Uma escola preliminar, em 1575, em São Paulo. Estes foram os únicos informes que podemos colher sobre o ensino dos jesuítas na Capitania de São Paulo.

Escolas régias — A reforma da instrução decretada pelo Marques de Pombal (1759) em seguida à expulsão da Companhia de Jesus do reino de Portugal e suas colônias não foi obra de improviso, nem de ódio partidário. O movimento em prol de melhores métodos, da intervenção do Estado em prol da instrução pelo Luis Antonio Verney ("Verdadeiro método de ensino"); Ribeiros Sanches (Cartas sobre a educação); frei Manoel do Cenaculo (Planos de estudos de Ordem Terceira); Jacob de Castro Sarmento recomendava os métodos de Bacon; Jeronimo Soares Barbosa estabeleceu as bases do ensino metódico em Portugal (Escolas populares nas primeiras letras); Martinho de Mendonça (Apontamentos para educação de um menino nobre). Todos eles e mais D. Francisco de Lemos e D. Thomaz de Almeida foram colaboradores do ministro de D. José I.

Em 1759 uma carta régia determinava a "restauração de estudos das línguas latina, grega, hebraica e da retórica, fixando novo método"; criava a Diretoria Geral dos Estudos e nomeava D. Thomaz de Almeida (principal da Igreja de Lisboa). Em 1764, outra dispensava do recrutamento os estudantes que se aplicassem aos estudos, e escusos

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