os que com aplicação e aproveitamento seguissem as escolas; em 1768 era criada a Real Mesa Censória, com jurisdição privativa e exclusiva sobre tudo que pertencesse ao exame, aprovação e reprovação livres. Em 1772 a Mesa Censória apresenta ao Rei o mapa das terras onde deviam ser estabelecidos os estudos menores, bem como a proposta do imposto (subsídio literário) e outras providências convertidas em lei. Foram criadas escolas públicas e nomeados mestres segundo o plano da Mesa. Foi decretado o imposto, subsídio literário (verdadeiro fundo escolar).
As reformas de Pombal precederam as da famosa Convenção Nacional, ao tempo da revolução francesa, na aplicação dos grandes princípios que regem a instrução; ensino popular a cargo do Estado, obrigatoriedade, técnico comercial; reformou o ensino superior introduzindo o método experimental, intuitivo, como base do ensino. O ensino secundário embora falho por falta de seus colaboradores naturais os jesuítas, foi instituído e disseminado: em cada vila foi criada cadeira de latim e português, e pelo país um grupo de aulas de filosofia, eloquência, grego. A reforma não foi antirreligiosa. A Ordem do Oratório deu ao ministro uma intensa colaboração. Ao ensino dos jesuítas contrapôs o ensino de outras congregações. Estendeu a outras ordens o privilégio de examinar alunos seculares. A Mesa Censória, órgão de direção e inspeção do ensino, era presidida pelo bispo frei Manoel do Cenaculo. À frente da Universidade de Coimbra colocou também um sacerdote da Igreja católica. Segundo o plano da Mesa Censória, 479 escolas primárias deviam ser criadas. Em 1773 um alvará criava mais 47. O concurso de professores era feito mediante provas públicas perante um juri nomeado pela Mesa Censória. Aprovados eram despachados, com a designação de mestres régios, tendo o ordenado 90 escudos anuais em Lisboa; e 60 nas cidades, vilas cabeças de Comarca, e no ultramar e