A instrução pública e o estado de São Paulo - 1º vol.

dificuldades para arranjar alunos para essas aulas, tomaram a deliberação de recrutá-los. Era obrigatória a inscrição e também obrigatória a frequência; variavam somente os processos para ser isso conseguido; assim, em edital de 2 de outubro de 1771, o governador da Capitania de São Paulo, ordenou que, em cumprimento do bando lançado em 20 de setembro, todos os estudantes e pessoas conhecidamente curiosas se alistassem na aula que se havia de abrir para o ensino de geometria. Aqueles que infringindo o determinado nesse edital, se não apresentassem a alistar perante o padre-mestre frei José do Amor Divino aplicar-se-ia a pena de sentar praça de soldado (Rocha Pombo - História do Brasil). Uma carta régia, em 1799, ordenava que se nomeasse um professor para visitar as escolas e remetesse relatório, semestralmente, exato do estado de instrução das Capitanias. Uma outra ordenava o vice-rei que os governadores e capitães-generais tomassem a inspeção das escolas, e de acordo com o bispo, nomeassem mestres, e que também informassem, qual o aumento que devia sofrer o subsídio literário. Em 1805, o ensino particular era submetido a certas formalidades. O emprego de professor era à vista.

Governo de D. João VI - A ação direta do Príncipe Regente, e depois D. João VI, de 1808 a 1821, no Brasil criando várias instituições de ensino e de cultura, nas Capitanias da Bahia, de Pernambuco, de Minas Gerais, e na Corte, não encontramos documentos nem leis, da menor referência para a Capitania de São Paulo.

Panorama da educação na Capitania — As primeiras normas de estudos da Companhia de Jesus foram as Constituições, cuja quarta parte lhes é toda consagrada. Depois organizou-se o célebre Ratio Studiorum, verdadeiro código pedagógico dos jesuítas. O primeiro esboço do Ratio data de 1586, sendo consultados homens sábios e

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